O termo “Projeciologia” foi inventado pelo médico e médium Waldo Vieira (que já dividiu obras com Chico Xavier) para dar nome às viagens astrais ou às chamadas Experiências Fora do Corpo (EFCs).

Há quatro maneiras distintas de sair do corpo físico: inconsciente, semiconsciente, consciente e hiperconsciente. A imensa maioria da humanidade perde a consciência toda vez que sai do corpo quando adormece. Somos como zumbis no astral, entrelaçados por sonhos, padrões mentais e jornadas oníricas.

Na década de 1990, estudei Projeciologia com o professor Wagner Borges, que tem um instituto no Ipiranga (www.ippb.org.br). Nos cursos que frequentei consegui garimpar técnicas que me permitiram ter experiências astrais com frequência. A maioria, confesso, de modo semiconsciente.

Em meados dos anos 2000, escrevi um livro, “Eu, Pilatos”, onde narrei minhas projeções e incursões ao arquivo akáshico (onde são guardadas as memórias do mundo). Dessa maneira, juntei uma série de experimentos extracorpóreos ao passado, chamados de “retrocognições astrais”.

Em uma das saídas do corpo, fui visitado por uma mulher belíssima, que aterrissou na minha cama com intenções libidinosas. Literalmente, eu estava sofrendo um assédio sexual, porém sem corpo físico. No entanto, apesar da volúpia e da sede daquela criatura, comecei a sentir um peso desconfortável. A energia daquela “beldade” era quase vomitiva.

Uma atmosfera densa invadiu meu quarto, era um apelo erótico muito forte. Com a carência que eu sentia naquele momento, era fácil sucumbir às provocações. E assim foi. No entanto, na medida em que se desenrolavam as carícias e lascívias, fui me sentindo enfraquecido e estranho. Neste ínterim, comecei a desconfiar que o ataque tratava-se de um vampirismo. Imediatamente, a imagem daquela criatura foi se modificando integralmente, e a beleza deu lugar a um ser obscuro, fétido e repugnante. Sim, minha energia vital estava sendo sugada!

Tudo isso para dizer a você, querido leitor, que a estética e a beleza física nem sempre correspondem com a realidade espiritual. O que é belo pode esconder uma monstruosidade. Costumo dizer que se o diabo existisse, ele seria lindo e com olhos claros.

Esta semana, um comentário infeliz e preconceituoso a respeito da primeira dama da França, Brigitte Macron, invadiu as redes sociais do mundo todo. Mulheres brasileiras indignadas com a declaração (que teve o aval risonho do presidente do Brasil) criaram uma campanha de perdão à esposa do líder francês. Uma vergonha.

Se estas pessoas soubessem que a aparência física pode esconder uma alma sombria (e boa parte esconde mesmo...), jamais teriam avalizado este comentário desastroso. Mesmo porque a beleza é temporária, o espírito é atemporal. A beleza, muitas vezes, é uma situação cármica proposital. Quem não sabe lidar com ela, repete de ano na universidade da vida.

Além da questão estética, há também o preconceito etário. Um homem mais velho pode ter uma esposa jovem (apesar de sofrer alguns preconceitos também). Mas, quando um homem mais novo relaciona-se com uma mulher mais velha, a intolerância, principalmente em países conservadores como o Brasil, é maior.

Aos cristãos intolerantes que torcem o nariz para as diferenças de idade, saibam que José, pai de Jesus, era muito mais velho que Maria de Nazaré...

Amados e amadas, o recado da semana é este: comecem a enxergar com os olhos da alma e do coração. Deixem de julgar pelas aparências, porque elas realmente enganam.

No mundo espiritual, ninguém pode julgar pela aparência

Em Colunistas
29/08/2019 12:17:29
Por Mauricio Santini
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coluna do dia 29/08/2019

Aos cristãos intolerantes que torcem o nariz para as diferenças de idade, saibam que José, pai de Jesus, era muito mais velho que Maria de Nazaré...

Amados e amadas, o recado da semana é este: comecem a enxergar com os olhos da alma e do coração. Deixem de julgar pelas aparências, porque elas realmente enganam.